quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

XENOFOBIA E RACISMO NA EUROPA

XENOFOBIA E RACISMO. - QUE CONVERSA É ESSA ?

Já não é possível continuar ignorando o movimento xenófobo que está contaminando o ambiente no continente europeu , gerando políticas governamentais oficiais e extra-oficiais de anti-imigração e ganhando poderosos adeptos desde a Inglaterra até a Espanha, desde a Suiça até a Áustria, passando da Itália à República Checa, devendo ser vista e tratada muito seriamente por todos quantos se preocupem com a paz mundial e o desenvolvimento do gênero humano.

Na Itália, em Roma, em clara tendência xenófoba, as autoridades fizeram recente censo de ciganos, tentam separar os imigrantes e apoiam que os médicos denunciem os imigrantes ilegais.

Na França, o presidente Sarkozy foi eleito com claro discurso anti-imigração. No início de 2008 ocorreram em Pariz uma série de protestos sociais de descendenters de imigrantes.

Na Grã-Bretanha, há poucos dias ocorreu greve de cunho xenófobo, de trabalhadores, sob o lema: ¨Emprego britânico para trabalhadores britânicos¨

Na Espanha e República Checa, os respectivos governos estão oferecendo pagamento para que os imigrantes voltem para seus países de origem.

Na União Européia, em 2008 foi proposta lei que prevê sanções mais severas a imigrantes ilegais, incluindo expulsão.

A Agência de Direitos Humanos Fundamentais da União Européia, sediada em Viena, disponibilizou dados coletados em 2006 confirmando o aumento de crimes raciais na nte europeu. A violência racista se espalha rapidamente,gerando violência e Alemanha, Austria, Dinamarca, Eslováquia, Finlândia, França, Grã-Bretanha e Irlanda .

Desde o ano 2000, os casos de discriminação e violência racial e xenófoba estão se tornando cotidianos na Europa, com o recrudescimento do clima de hostilidade contra as minorias, não sendo mais possível tratá-los como casos isolados.



De outro bordo, a economia mundial globalizou-se impondo as multinacionais e a política de mercado como lógicas neoliberalizantes. Não há limites ou fronteiras para o capital internacional, que adentra a todos os continentes e sob o pretexto de desenvolver as economias locais, acaba por extrair parte volumosa da riquesa desses povos eternamente dominados. Aceitando a expansão do racismo e da xenofobia, o velho continente europeu se condena eternamente a ciclos de guerras e convulsões. A Europa não pode se tornar ( de novo) uma fera xenófoba e racista.


1/3 DOS SUÍÇOS SE DECLARAM XENÓFOBOS

(conforme pesquisa divulgada em 2006)

Em 2007,foram registrados na Suíça, 113 casos de violência racial, num aumento de 30% em relação a 2006.

O ultradireitista Partido do Povo Suíço (SVP) tem como plataforma política a expulsão dos estrangeiros, o limite na nacionalização de estrangeiros, o fechamento das fronteiras para trabalhadores imigrantes, a proibição da construção de mesquitas, a dificultação para recebimento de refugiados e a proibição do uso de véu por meninas muçulmanas. O SVP prega abertamente o racismo contra os negros e afirmam que o aumento da criminalidade na Suíça é causado pela imigração. Ainda em 2007, foi aprovadana Suíça, uma lei que condiciona a concessão da naturalidade suíça a uma votação secreta entre os vizinhos e a comunidade onde reside o estrangeiro.
O SVP foi o mais votado nas eleições de 2007, totalizando 29% dos votos, sendo que na Suíça moram 1 milhão e meio de imigrants, o que representa 25% da população.

No dia 9 de fevereiro de 2009 ( há três dias ), a advogada brasileira Paula Oliveira,( que informa ser casada com um suíço e estar grávida de três meses), foi supostamente atacada e torturada por neonazistas, na Cidade de Dubendorf, próximo a Zurique. Os agressores (em número de três), segundo Paula Oliveira, a marcaram a golpes de estilete, na barriga e nas pernas escrevendo a sigla SVP, (Partido do Povo Suíço), iniciais em alemão . Paula Oliveira afirma que estava grávida de gêmeos e que perdeu os bebês, em abortamento decorrente das agressões. Todavia, o Instituto de Medicina Legal (órgão sem ligação com a Polícia Suiça) afirma em laudo técnico, que Paula Oliveira não estava grávida e a Polícia Suiça tem insistentemente colocado em dúvida as agressões sofridas por Paula Oliverira, chegando a afirmar que teria ela se autolesionado, uma vez que todas as lesões estão ao alcance das mãos dela. Paula Oliveira de fato ficou internada até o dia 17 de fevereiro, portanto, por oito dias e segundo o pai dela, que viajou às pressas para a Suiça, a filha Paula apresenta sangramento vaginal.

A notícia é um desalento, um infortúnio, ainda mais se considerarmos que mesmo estando a vítima visivelmente retalhada à estilete, a polícia suíça não abriu inquérito, afirmando duvidar da agressão.


Fontes de pesquisa:
Jornal ¨O Estado de São Paulo¨, de 12 de fevereiro de 2009
e artigo de Andrei Netto publicado no Jornal ¨O Estado de São Paulo¨, de 13/02/09


( E então, vamos debater sobre essas coisas?)

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